
O futuro da segurança cibernética e do compartilhamento de informações entre centros de pesquisa foram alguns dos destaques do Workshop RNP, evento sobre internet e conectividade que começou nessa segunda-feira (20) em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O encontro é organizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Pesquisadores, governo, empresas e startups participam de uma série de debates no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O diretor de Cibersegurança da RNP, Emílio Nakamura, reforçou a importância de investir no setor para lidar com os novos desafios trazidos pelas tecnologias em rede. Apesar de defender que o país está se movimentando em termos legislativos e estruturais no setor, alerta que as ameaças digitais têm evoluído de maneira mais rápida do que os sistemas de proteção.
“Hoje, os setores financeiro, de água, de energia, de transportes e de saúde, por exemplo, dependem cada vez mais de elementos digitais. É possível criar um caos ou uma catástrofe realizando ataques cibernéticos que afetam o funcionamento desses setores. No Brasil, ainda vemos poucos incidentes dessa natureza. Mas eles podem acontecer e temos toda uma discussão sobre como os ataques podem afetar a economia e a infraestrutura do país”, diz Nakamura.
Para ele, além dos investimentos em segurança, é preciso avançar no plano nacional de educação cibernética, que contemple todas as pessoas e seja parte importante do currículo em escolas e faculdades.
“Hoje, é mais do que necessário que as pessoas tenham uma educação cibernética. As crianças, os jovens, todo mundo. Sobre como agir no mundo digital para que não seja alvo de tentativas de fraudes e outros ataques”, reforça o diretor do RNP. “Alguns países já lidam com essa educação cibernética com crianças, e o Brasil não tem isso oficializado como parte do currículo. Na graduação, seria importante que esse tema entrasse como parte de todos os cursos, porque é algo que atravessa todas as profissões”.
Conectividade científica
Uma das mesas de debate do dia tratou da Rede de e-Ciência, voltada para a conectividade entre centros de pesquisa, supercomputação, laboratórios multiusuários e infraestruturas científicas. Os conferencistas falaram sobre desafios e detalhes da implantação. O diretor adjunto de Serviços para Experimentação e e-Ciência da RNP, Leandro Ciuffo, explicou o funcionamento e os benefícios da rede.
“A Rede de e-Ciência vai usar a estrutura das infovias. De maneira geral, as infovias vão interiorizar conexão de qualidade em várias regiões do país. Vão ajudar na fixação de professores e pesquisadores em campos do interior e, consequentemente, melhorar a qualidade da educação nessas localidades”, disse Ciuffo. “A ideia é que haja uma redução no tempo dos processos científicos. Compartilhamentos de informações que poderiam levar horas ou dias poderiam ser feitos em minutos. Com isso, também é acelerado o resultado para os cidadãos”.
Um edital está em andamento para selecionar os primeiros centros de pesquisa que vão fazer parte da rede. O diretor cita alguns exemplos de instituições e projetos que poderão ser atendidos.
“Instituições de pesquisa que têm processos para gerar previsão do tempo, para prever desastres ambientais, para fazer vacinas, pesquisar curas de doenças, são alguns que poderão usufruir da rede, porque precisam manipular quantidade muito grande de informações e esses dados, às vezes, são bancos de dados do exterior”, disse Ciuffo.
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes

Mais de dois mil itens de produtos falsificados foram apreendidos pela Polícia Civil da Paraíba, nessa segunda-feira, 20 de maio, em Campina Grande, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão realizado pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). O alvo das investigações é uma loja situada na rua Barão do Abiaí, no Centro da cidade.
O estabelecimento comercializava mercadorias falsificadas de marcas famosas, como Nike, Puma, Lacoste, Tommy Hilfiger, Havaianas, Calvin Klein, Lança Perfume, Ray Ban, Jonh Jonh, Dior, Louis Vuitton, Oakley, Lancôme.
“Um perfume da marca Lancôme de 100ml, por exemplo, chega a custar R$ 900,00, mas na loja estava sendo vendido por R$ 15,00 a unidade. Além do crime de falsificação propriamente dito, isso representa um risco à saúde do consumidor, pois é um produto que se aplica à pele das pessoas e deve ser industrializado sob o controle de órgãos fiscalizadores”, comentou o delegado Renato Leite, titular da DDF em Campina Grande.
As investigações tiveram início após a Polícia Civil receber denúncias de empresas que representam as marcas na cidade. Os objetos apreendidos foram encaminhados à perícia, e dois funcionários da loja foram ouvidos. O responsável pelo estabelecimento não foi localizado, porém deverá se apresentar para prestar esclarecimentos à justiça criminal.
Com informações do MaisPB
- Detalhes

A Prefeitura de Lagoa Seca, por meio da Secretaria de Assistência Social realizou, na tarde deste domingo (19), a sexta edição da tradicional festa das mães. A Praça João Jerônimo da Costa ficou lotada para um dos eventos mais aguardados do ano.
Nem mesmo a chuva intimidou o público, que acompanhou até o final para prestigiar a programação e o sorteio das centenas de presentes preparados com carinho pela gestão. Segundo a Assistência Social, aproximadamente 3 mil pessoas marcaram presença. O total reúne as mães e outras pessoas de diferentes faixas etárias.
E se o evento falou de reconhecimento, nada melhor do que presentear aquela que carrega dentro de si o amor como sentimento mais verdadeiro. Todo afeto foi expressado nos mais de 300 presentes os quais foram sorteados entre as mamães. E de tudo tinha um pouco: televisão, fogão, liquidificador, geladeira, colchão, itens para o lar, além de produtos pessoais.
Um grande pavilhão foi montado na praça para abrigar os lagoassequenses que se protegiam da chuva. E toda essa estrutura teve também como apoio o deslocamento de quem reside na zona rural do município. Pensando assim, o Departamento de Transportes colocou 16 ônibus e outros veículos menores para carregar as pessoas. 34 comunidades compuseram a lista do itinerário, com embarque e desembarque no local da festa.
A programação contou, ainda, com apresentações culturais das crianças e adolescentes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SVFV), usando a arte em forma de balé, e grupo da melhor idade, entoando canções conhecidas voltadas especialmente à data comemorativa. Um momento de reflexão e fé foi ministrado pela professora Jocylayne Élida.
Entre uma encenação artística e outra, o sorteio da premiação acontecia. As três primeiras sortudas foram a dona de casa Lucineide Maria da Silva Calixto, de 34 anos, do bairro Anacleto, a agricultora Maria do Socorro Pedro da Silva, de 55 anos, da comunidade Vila Florestal, e a também produtora rural Fabiana Araújo dos Santos, 45 anos, do sítio Alvinho.
Diversas autoridades políticas do município participaram do ato. A prefeita Dalva Lucena, a secretária da Assistência Social (Michelle Ribeiro), secretários da prefeitura, vereadores e o deputado estadual Fábio Ramalho foram algumas das lideranças presentes.
Desde 2017, quando foi criada a festa das mães em Lagoa Seca, a aposentada Maria de Fátima Silva, 68, acompanha o evento e diz gostar do que sempre foi oferecido. Nesta edição, a moradora da comunidade Araticum trouxe a filha e o neto de cinco anos. “Eu não perdi nenhum ano. Eu acho que esses encontros são bons, bonitos e importantes para cada uma de nós”, disse.
Sem a mãe há um ano, a filha Lúcia Maria afirma que a saudade é muito presente e difícil de conviver. Mesmo com essa dor, a dona de casa resolveu prestigiar a festa. “Minha mãe partiu há poucos meses […] e isso traz uma dor. Mas tenho que viver e seguir em frente, pois sei que ela olha por mim. Em situações desse tipo, como hoje, eu me distraio e converso com as amigas. O amor de mãe é o mais sincero, e mesmo sem ela, achei melhor vir porque tudo está bem organizado e bonito”, parabenizou.
DECOM/PMLS
- Detalhes

Os devedores de até R$ 20 mil que ganhem até dois salários mínimos ou sejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm até esta segunda-feira (20) para renegociar os débitos no Desenrola Brasil. O prazo de adesão para a Faixa 1 do programa havia sido prorrogado no fim de março.
Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. A etapa engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 e não podem ultrapassar o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola).
Por meio do programa, inadimplentes têm acesso a descontos de, em média, 83% sobre o valor das dívidas. Em algumas situações, segundo o ministério, o abatimento pode ultrapassar 96% do valor devido. Os pagamentos podem ser feitos à vista ou parcelados, sem entrada e em até 60 meses.
Fake News
Na reta final do prazo para renegociação das dívidas, a pasta desmentiu duas fake news que circulam sobre o programa. Uma delas diz que, ao negociar as dívidas pelo Desenrola, o cidadão não perde nenhum benefício social. Outra, que a pessoa não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.
“O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.”
“Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.”
Entenda
Além de dívidas bancárias como cartão de crédito, também podem ser negociadas contas atrasadas de estabelecimentos de ensino, energia, água, telefonia e comércio varejista. A plataforma do Desenrola permite parcelar a renegociação inclusive com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, permitindo escolher o que oferece a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.
Para quem tem duas ou mais dívidas, mesmo que com diferentes credores, é possível juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou Pix ou financiando o valor total no banco de preferência.
Para ter acesso ao Desenrola, é necessário ter uma conta Gov.br. Usuários de todos os tipos de contas — bronze, prata e ouro — podem visualizar as ofertas de negociação e parcelar o pagamento. Caso o cidadão opte por canais parceiros, não há necessidade de uso da conta Gov.br.
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes

A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Obras (Secob), está dando andamento às obras de drenagem em andamento no bairro Novo Horizonte, na zona sul da cidade. Essas intervenções têm como principal objetivo aprimorar a infraestrutura urbana da região, promovendo benefícios diretos para os moradores e comerciantes da região.
Os trabalhos de drenagem envolvem a instalação de tubos e a interligação de canos, a exemplo do que está sendo realizado na rua Tânia Margarida Aires Maciel. Essas medidas são necessárias para garantir o escoamento adequado das águas pluviais, prevenindo transtornos e proporcionando mais segurança e qualidade de vida aos residentes do bairro.
Logo após a finalização das obras de drenagem, está prevista a implementação da pavimentação em paralelo, também conhecida como calçamento, nas ruas do bairro Novo Horizonte. Essa etapa representa um avanço significativo na infraestrutura viária local, tornando as vias mais transitáveis e acessíveis para pedestres e veículos.
Ao todo serão oito ruas pavimentadas no bairro, destacando-se um trecho de mais de 370 metros de extensão da avenida João Wallig. Essas melhorias não apenas embelezam o ambiente urbano, mas também promovem o desenvolvimento socioeconômico da região, valorizando os imóveis e proporcionando mais conforto e bem-estar à comunidade.
Codecom
- Detalhes

Enquanto em algumas regiões de Porto Alegre, como parte do Centro Histórico e bairros da Zona Sul, a água do Guaíba baixou e a limpeza começou a ser feita, na Zona Norte da cidade a inundação permanece. A Agência Brasil acompanhou um ponto de resgate e acolhimento montado por centenas de voluntários no cruzamento das avenidas Benjamin Constant e Cairú, no bairro de Navegantes, na região do chamado 4º Distrito. O bairro fica nos arredores do Aeroporto Salgado Filho, terminal que segue fechado por tempo indeterminado justamente por continuar alagado.
Ainda na tarde deste sábado (18), mais de duas semanas após o início das inundações, barracas e tendas montadas abaixo do viaduto seguiam fazendo atendimento a pessoas e animais resgatados na região.
"Só hoje [sábado, 18], ainda retiramos 37 pessoas [da inundação]", afirma Edmilson Brizola, um dos voluntários. Morador da região, ele ajudou a coordenar a logística das embarcações que navegam ruas adentro. Ele calcula que, apenas nesse ponto, mais de 5 mil pessoas foram resgatadas, além de outros 2 mil animais, entre gatos, cachorros, galinhas, cavalos, aves e até porcos.
A Avenida Cairú ainda é praticamente uma hidrovia, com mais de 1,5 mil metros de alagamento, desde a confluência da Avenida Benjamin Constant até o Guaíba. A medição do nível do Guaíba na manhã deste domingo (19) registrou 4,43 metros, de acordo com a prefeitura da capital, cerca de 10 centímetros a menos em relação ao dia anterior. A cota de inundação é de 2,5 metros.
A aposentada Marlene Terezinha Silveira, moradora do bairro Sarandi, também na Zona Norte, passava pelo ponto de acolhimento em busca de roupas e cobertores. Sua casa segue embaixo d'água e ela ainda não consegue calcular os prejuízos. “Fui lá hoje, de barco, mas só pra ver por cima. Moro há 60 anos no Sarandí, costuma alagar, às vezes perto do portão, mas não assim. Nunca imaginei isso na minha vida. Agora, eu vou entrar em casa quando puder, botar tudo fora e limpar. Pelo menos uma cama eu sou obrigada [a limpar], até para eu dormir, e um fogão fazer uma comida”.
A reportagem percorreu diversas ruas do bairro de Navegantes a bordo de um bote do Corpo de Bombeiros. Parte dos moradores decidiu permanecer, mesmo com energia cortada. Além do resgate, uma das tarefas de voluntários e equipes de salvamento é prover essas pessoas com mantimentos para sobrevivência, como pilhas, baterias e alimentos.
Do resgate ao acolhimento
O ponto de resgate e acolhimento da Avenida Benjamin Constant se assemelha a um acampamento de guerra. Há diversas barracas, divididas em áreas de atendimento médico, farmácia, alimentação e roupas e cobertores, além de um setor de apoio psicológico e uma equipe de transporte solidário para levar resgatados a abrigos ou casas de parentes. No local, há uma oficina improvisada e uma área de abastecimento de embarcações.
A logística de resgate de animais tem uma estrutura própria de primeiros socorros veterinários e um abrigo provisório. Uma das voluntárias é a médica veterinária Sheila Kircher, que conta ter perdido uma amiga na tragédia e vem se dedicando ao apoio solidário.
“Eu perdi uma amiga na enchente e fiquei me sentindo muito impotente sem poder ajudá-la no momento que ela precisou. Então, também, para ocupar a cabeça, eu achei melhor vir e ajudar no que eu podia, né?”, desabafa.
Em geral, quando os animais chegam, o quadro é de hipotermia e muitas lesões de pele. “A gente tira as medidas, seca, limpa e tenta estabilizar. Os casos mais graves a gente tenta encaminhar para clínicas e cirurgias”.
Dezenas de animais, ainda sem os tutores localizados, aguardam por uma destinação a abrigos ou mesmo adoção solidária. De acordo com dados do governo do estado, são mais de 12 mil animais resgatados no estado até agora.
Para ajudar a acolher esse contingente, mais de 20 toneladas de ração doadas para o Rio Grande do Sul, para alimentar os cães e gatos vítimas das enchentes, chegaram no avião cargueiro KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB), enviado pelo governo federal, que também levou itens essenciais para pets, como caixas de transporte, camas e bebedouros. Campanhas de adoção de animais também têm sido estimuladas pelas redes sociais, com adesão em todo o país.
*Colaborou Gabriel Brum, repórter da Rádio Nacional.
Com informações da Agência Brasil
- Detalhes