
O consumo de álcool é responsável por 2,6 milhões de mortes todos os anos no mundo – 4,7% de todas as mortes no planeta. Já o uso de drogas psicoativas responde por 600 mil mortes anualmente. Os números foram divulgados nesta terça-feira (25) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados do Relatório Global sobre Álcool, Saúde e Tratamento de Transtornos por Uso de Substâncias mostram ainda que 2 milhões de mortes por consumo de álcool e 400 mil mortes por uso de drogas são registradas entre homens. O estudo tem como base informações de saúde pública referentes ao ano de 2019.
A estimativa da OMS é que 400 mil pessoas viviam com desordens relacionadas ao consumo de álcool e ao uso de drogas nesse período, sendo 209 milhões classificadas como dependentes de álcool. A entidade destaca que o uso de substâncias prejudica severamente a saúde do indivíduo, aumentando o risco de doenças crônicas e resultando em milhões de mortes preveníveis.
“Coloca um fardo pesado sobre as famílias e as comunidades, aumentando a exposição a acidentes, lesões e violência”, destacou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Para construir uma sociedade mais saudável e mais equitativa, devemos comprometer-nos urgentemente com ações ousadas que reduzir as consequências negativas para a saúde e sociais do consumo de álcool e tornar o tratamento para transtornos por uso de substâncias acessível.”
O relatório destaca ainda a necessidade urgente de acelerar ações a nível global para alcançar a meta estabelecida por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de, até 2030, reduzir o consumo de álcool e drogas e ampliar o acesso a tratamento de qualidade para transtornos causados pelo uso de substâncias.
Prejuízos à saúde
De acordo com a OMS, a maioria das mortes por consumo de álcool ocorre na Europa e na África, sendo que as taxas de mortalidade por litro de álcool consumido são mais elevadas em países de baixa renda e menores em países de alta renda.
De todas as mortes atribuídas ao álcool em 2019, cerca de 1,6 milhões aconteceram por doenças crônicas não transmissíveis, sendo 474 mil por doenças cardiovasculares e 401 mil por câncer. Outras 724 mil foram decorrentes de ferimentos causados por acidentes de trânsito, automutilação e casos de violência.
Por fim, 284 mortes foram associadas a doenças crônicas transmissíveis. Segundo a entidade, foi demonstrado que o consumo de álcool aumenta o risco de infecção por HIV em razão da maior probabilidade de sexo desprotegido, além de aumentar o risco de infecção e morte por tuberculose por suprimir uma ampla gama de respostas imunológicas.
Os dados mostram que a maior proporção (13%) de mortes atribuídas ao álcool, em 2019, foi registrada na faixa etária dos 20 aos 39 anos.
Tendências de consumo
De acordo com o relatório, o consumo total per capita de álcool entre a população global registrou ligeira queda, passando de 5,7 litros em 2010 para 5,5 litros em 2019. Os índices mais altos foram observados em países europeus (9,2 litros per capita) e nas Américas (7,5 litros per capita).
O nível de consumo de álcool per capita entre os consumidores chega, em média, a 27 gramas de álcool puro por dia, o que equivale a aproximadamente duas taças de vinho, duas garrafas de cerveja ou duas porções de bebidas destiladas. “Este nível e frequência de consumo de álcool estão associados a riscos aumentados de inúmeras condições de saúde e associado a mortalidade e incapacidade.”
Ainda segundo os dados, em 2019, 38% das pessoas que declararam consumir álcool registraram pelo menos um episódio de consumo excessivo no mês anterior à pesquisa – o equivalente a quatro ou cinco taças de vinho, garrafas de cerveja ou porções de bebidas destiladas. O consumo excessivo de álcool foi altamente prevalente entre homens.
Por fim, o relatório aponta que, globalmente, 23,5% de todos os jovens com idade entre 15 e 19 anos afirmam consumir álcool (pelo menos uma dose de bebida alcóolica ao logo dos últimos 12 meses). Os índices são mais altos na Europa (45,9%) e nas Américas (43,9%).
Com informações da Agência Brasil
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As pessoas físicas que compram títulos públicos pela internet passarão a ajudar empreendimentos sociais. O Tesouro Direto destinará R$ 5,2 milhões a até 40 startups com negócios de impacto, cuja atividade principal oferece soluções inovadoras para problemas sociais e ambientais. Terão prioridade os projetos de educação financeira e profissionalizante, de inclusão de pessoas especiais e de promoção do meio ambiente e da economia circular.
Os recursos virão da taxa de custódia de 0,2% ao ano sobre o saldo das aplicações que os investidores do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, pagam à Bolsa de Valores (B3). Pelo contrato entre o Tesouro Nacional e a B3, 20% da receita projetada com a arrecadação da taxa, limitada a R$ 50 milhões por ano, serão repassados a projetos sociais e de sustentabilidade.
As empresas interessadas podem se inscrever a partir desta terça-feira (25), no site www.tdimpacta.com.br. A montagem da plataforma teve o apoio da Artemisia, organização que apoia negócios de impacto fundada em 2005 e que beneficiou 770 empresas por meio de programas de aceleração, apoio em projetos-piloto de inovação aberta (soluções que podem ser reproduzidas por outras empresas) e articulação de investimentos. A organização também ajudará na escolha dos projetos.
“A iniciativa busca criar uma rede de inovação em tecnologias de fronteira, permitindo levar, numa escala e numa qualidade diferenciada, a educação financeira. Por um lado, a educação financeira para os mais jovens, porque [esse] é o grande papel do Tesouro Direto. Por outro, também apoiar o desenvolvimento de soluções inovadoras para a educação profissionalizante, de inclusão de pessoas especiais e, por fim, projetos socioambientais”, explica o secretário do Tesouro Direto, Rogério Ceron, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
Capacitação
As 40 empresas escolhidas receberão tanto apoio financeiro como capacitação gratuita e online. Ao longo da jornada, as empresas serão avaliadas por critérios de desempenho e engajamento. Ao final do processo, os projetos destaques de cada categoria receberão um valor adicional.
As empresas escolhidas serão divididas conforme o estágio de maturidade do negócio. As categorias são as seguintes: criação (talentos interessados em empreender, que querem tirar uma ideia do papel); aceleração (para empresas em estágio inicial com um protótipo ou produto mínimo viável que precisam de apoio para desenvolver o modelo de negócio); e inovação aberta (negócios em estágio de tração ou escala, interessados em fazer testar o conceito com os parceiros da iniciativa).
Todos os recursos financeiros serão concedidos no formato de doação. Na categoria criação, serão escolhidos até 20 empreendedores que receberão R$ 20 mil cada. Ao final, os cinco participantes que se destacarem dividirão R$ 250 mil.
Em aceleração, os dez escolhidos receberão R$ 40 mil cada, com os cinco destaques dividindo R$ 1,1 milhão. Em inovação aberta, os dez escolhidos restantes ganharão R$ 50 mil cada, com os cinco destaques repartindo mais de R$ 2,6 milhões, que devem ser destinados à implementação de projetos-piloto e custeio das provas de conceito.
Os negócios de impacto são empresas que oferecem soluções para problemas sociais ou ambientais por meio da atividade principal. As empresas atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros e se comprometem a medir o impacto gerado.
Esses negócios seguem os seguintes critérios: intenção de resolver um problema social ou ambiental; solução de impacto como atividade principal do negócio; busca de retorno financeiro, operando pela lógica de mercado; e compromisso de monitoramento dos efeitos sobre a sociedade.
Títulos verdes
O secretário do Tesouro destaca certa semelhança na iniciativa com os títulos verdes, papéis lançados no mercado internacional que captaram US$ 4 bilhões até agora para projetos sociais e ambientais. Desse total, US$ 2 bilhões foram captados em novembro do ano passado e US$ 2 bilhões este mês.
“No mérito e no conceito, existe uma semelhança [com os títulos verdes]. No fundo, estamos fazendo um conjunto de iniciativas que reforcem a marca do Tesouro Direto como algo além de uma plataforma de oferta de títulos rentáveis, uma plataforma de educação financeira e de impacto social”, completa Ceron. A diferença está na fonte dos recursos porque o Tesouro Direto Impacta, nome da iniciativa, não envolve diretamente os investimentos em títulos públicos, mas a taxa de custódia paga à B3.
Com informações da Agência Brasil
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Dança tradicional dos festejos juninos, a quadrilha foi reconhecida, nesta segunda-feira (24), Dia de São João, manifestação da cultura nacional. Parte essencial de uma das festas populares mais fortes no Brasil, o bailado trazido por europeus no século 19 ganha as quadras de todo o país neste mês de junho, em homenagem aos santos Antônio, Pedro e João.
A lei 14.900, publicada no Diário Oficial da União, adicionou a quadrilha ao texto de uma lei sancionada em 2023, que já reconhecia os festejos juninos. Além dos pratos tradicionais, a fogueira e as apresentações das danças típicas compõem as festividades, responsáveis por movimentar o turismo e aquecer a economia nesta época do ano.
De acordo com o Ministério do Turismo, as festas populares devem mobilizar mais de 21,6 milhões de pessoas, sendo que grande parte seguirá em direção ao Nordeste, onde a tradição ganha dimensões expressivas, como no município de Caruaru, em Pernambuco. Ali, são esperadas mais de 4 milhões de pessoas em 72 dias de arrasta-pé. A expectativa é que a quadra junina impacte a economia local em R$ 700 milhões.
Em Campina Grande, na Paraíba, são esperadas 3 milhões de pessoas em 33 dias de festa, onde ocore a maior competição de quadrilhas do país. Ceará e Bahia aparecem logo em seguida como os estados do Nordeste de festejos mais populosos, com públicos esperados de 2 milhões e 1,5 milhão respectivamente.
Já no Sudeste, Minas Gerais tem expectativa de um aumento de 20% dos participantes nas celebrações populares em diversos municípios, atingindo um público de 3 milhões de pessoas em dois meses. Em São Paulo, o arrasta-pé deve movimentar 500 mil participantes, em 300 municípios, informa o Ministério do Turismo.
Na Região Norte, a capital de Roraima, Boa Vista, promete mobilizar 370 mil pessoas e movimentar R$20 milhões. Já em Palmas, no Tocantis, 60 mil pessoas devem celebrar os santos, em cinco dias de festa do tradicional Arraiá da Capital.
Transformação
Com origens em bailes ocorridos nos palácios da França, onde os nobres dançavam em quatro duplas organizadas de forma retangular – daí o nome quadrille, em francês – a dança foi introduzida no Brasil no século 19. Com o passar dos anos, e a popularização da dança, agregou elementos culturais brasileiros relacionados às tradições rurais, como as vestimentas utilizadas pelos caipiras.
Em algumas regiões do Brasil, como no Maranhão, a dança ganha ainda a força do folclore, com a absorção de elementos do Bumba Meu Boi.
Com informações da Agência Brasil
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O governador João Azevêdo esteve, neste sábado (22), em Campina Grande, ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ocasião em que visitou o 38º Salão do Artesanato Paraibano. No local, o gestor entregou premiações do Paraíba Junina e assinou o edital Sala de Arte. Ainda no município, os gestores também visitaram o terreno onde será construído o Centro de Artes e Esportes Unificado (CEU) da Cultura, equipamento que ofertará serviços de arte, cultura, esportes e cidadania para a população da Zona Norte, e prestigiaram o Maior São João do mundo.
Durante a visita ao 38º Salão do Artesanato, o chefe do Executivo estadual ressaltou a alegria de constatar o sucesso do evento. “Nós ouvimos dos artesãos a satisfação com as vendas. O artesanato, além de representar a cultura, a história, as tradições culturais do nosso povo é um segmento econômico que gera emprego e renda e proporciona a melhoria da qualidade de vida de muitas famílias. Estamos fazendo um dos maiores Salões de Campina Grande, com a participação de 500 artesãos que confiam no nosso trabalho de cuidado com as pessoas e os resultados nos deixam muito felizes”, frisou.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, parabenizou o Governo do Estado pela realização do Salão do Artesanato. “Eu estou muito agradecida por estar passando o São João na Paraíba e fiquei impressionada com a feira e sua representatividade, que reúne todas as expressões do artesanato, fazendo com que as políticas públicas cheguem a quem realmente precisa e na Paraíba essas ações são muito bem representadas”, comentou.
O vice-governador Lucas Ribeiro também celebrou mais uma edição exitosa do Salão do Artesanato e o apoio do governo às festividades juninas. “É uma alegria prestigiar a mais bela e mais forte expressão da cultura nordestina. Além disso, também fico muito feliz pela sensibilidade dos governo federal e estadual de fazer o Campo do Leão ser um espaço para o esporte amador”, falou.
Prêmio Paraíba Junina – A Paraíba foi o primeiro estado a receber os recursos da Política Nacional Aldir Blanc de fomento à cultura. O Governo do Estado apoiou 160 quadrilhas juninas em 75 municípios, que receberam entre R$ 5.000 e R$ 15.000 cada, de acordo com a categoria (competidoras e amadoras). O prêmio Paraíba Junina foi o primeiro edital do PNAB. Dentre as quadrilhas premiadas estiveram a Escorrega, mas não Cai; Filhos de Campina; e Mistura Gostosa.
O presidente da quadrilha junina Filhos de Campina, Deusdete Tavares, agradeceu à gestão estadual pelo apoio às tradições culturais. “Esse apoio foi muito importante para o nosso crescimento cultural, permitindo cada vez mais um trabalho de maior qualidade e espero que nos próximos anos possamos continuar com essa parceria”, disse.
Edital de Seleção de Oficineiros para o programa Sala de Arte – O Edital Sala de Arte, também resultado da Política Nacional Aldir Blanc, irá selecionar 250 propostas de oficinas de formação em artes e cultura de média duração a serem ministradas em escolas da rede estadual de ensino pelo período de cinco meses. Poderão se inscrever arte-educadores, artistas, agentes e trabalhadores da cultura com propostas de oficinas formativas voltadas para diversos segmentos da arte e da cultura, tais como música, teatro, dança, circo, culturas populares, literatura, artes visuais, audiovisual, patrimônio imaterial, produção cultural entre outros, desde que possuam atuação comprovada na área indicada para a oficina. O Edital é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura e da Educação da Paraíba.
O secretário da Cultura, Pedro Santos, evidenciou que o investimento de R$ 3 milhões traz benefícios reais para quem trabalha com a arte. “Essa estratégia colocará o artista dentro da sala de aula, conectando o estudante à produção cultural, potencializando a produção de arte e a descoberta de talentos. Nós teremos atores, músicos, capoeiristas, artistas visuais, escritores apresentando propostas de curso de formação em sala de aula”, evidenciou.
CEU da Cultura de Campina Grande – O equipamento será construído na Rua Probo Câmara, no Monte Santo, num terreno conhecido como Campo do Leão. Os CEUs da Cultura são equipamentos de uso cultural e caráter comunitário construídos em áreas de maior vulnerabilidade socioeconômica. Além de Campina Grande, os municípios de João Pessoa, Cabedelo, Bayeux, Sapé, Esperança e Patos serão contemplados com as unidades. O investimento na criação dos equipamentos, por parte do Ministério da Cultura, é de R$ 1.951.220,00.
Os CEUs da Cultura são centros culturais de 300 a 500m², com um modelo de implantação idealizado para dialogar com a diversidade cultural e bioclimática do país. Baseado em módulos, conta com um conjunto de usos que serão selecionados junto à comunidade, de acordo com suas necessidades e potencialidades, por meio da escuta ativa. O espaço abrigará atividades voltadas à expressão corporal, educação cidadã, arte e educação, trabalho e renda, meio ambiente, entre outras atividades interrelacionadas à cultura.
O governador João Azevêdo destacou que o Campo do Leão será mantido e revitalizado e oferecerá, junto à prática esportiva, opções de acesso à cultura. “Esse campo tem uma história vinculada ao bairro e vamos ter condição de implantar um grande projeto. Vamos aproveitar o espaço para construir um centro cultural, unindo esporte e cultura. O governo federal vai implantar sete CEUs na Paraíba e ficamos muito felizes com essa ação”, disse.
“Nós estamos trazendo esses equipamentos culturais para a Paraíba e queremos oferecer à comunidade o acolhimento de suas expressões culturais, fomentando também a economia do local”, disse a ministra Margareth Menezes.
O secretário de estado da Cultura, Pedro Santos, destacou que a estrutura oferecerá vários atrativos para a população. “O projeto do CEU de Campina Grande terá biblioteca, sala multiuso, incubadora cultural para trabalhar com a qualificação profissional dos artistas, espaço de convivência, de sociabilidade para realização de shows ao ar livre e vai ser instalado no Monte Santo, um bairro populoso, mas que tem carência de equipamentos culturais”, salientou.
Visita ao Parque do Povo — O governador João Azevêdo e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também prestigiaram a 25ª noite do Maior São João do Mundo, que trouxe atrações como o cantor Alceu Valença e a dupla Sirano e Sirino.
Acompanhado também da primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins, o chefe do Executivo destacou os investimentos do Governo nos festejos juninos da Paraíba. “Estamos investindo mais de R$ 41 milhões, sendo mais de R$ 16 milhões só no São João de Campina Grande, apoiando o empreendedor, as quadrilhas juninas, prestigiando os artistas locais e grupos culturais que se apresentam no Salão do Artesanato. São 1.549 eventos juninos em toda a Paraíba que tem o apoio do Governo com serviços de saúde, de segurança para que possamos realizar festas tranquilas”, sustentou.
O deputado estadual Inácio Falcão; os vereadores de Campina Grande Pimentel Filho, Eva Gouveia, Jô Oliveira, Rostand Paraíba, Bruno Faustino, Valéria Aragão, Napoleão Maracajá e Dona Fátima; além de auxiliares da gestão estadual dentre eles Deusdete Queiroga (secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Miguel Ângelo (secretário do Turismo e do Desenvolvimento Econômico), Ronaldo Guerra (chefe de Gabinete do Governador) e Marielza Rodriguez (gestora do Programa do Artesanato Paraibano) estiveram presentes.
Com informações do MaisPB
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O Sine Campina Grande oferece, nesta última semana de junho, 74 oportunidades de emprego por meio do cadastro do próprio órgão. Os interessados devem procurar o Sine Municipal e apresentar RG, CPF, comprovante de residência, currículo atualizado e a carteira de trabalho. As oportunidades para Pessoas Com Deficiências (PCD) requerem o laudo médico com atualização há, pelo menos, três meses.
As vagas podem ser consultadas de forma presencial ou online, por meio dos links disponíveis na bio do Instagram oficial do Sine, @sinemunicipalcg. O candidato deve acessar o link “Cadastro Online – Currículo Vagas” https://forms.gle/iwjC8cyZczxkatHr6. É importante que os campos sejam preenchidos com todas as informações solicitadas no formulário.
O Sine Municipal está localizado na rua Santa Clara, s/n, Centro – próximo ao Terminal de Integração de Passageiros. O órgão atende de segunda à quinta-feira, das 7h às 17h, e na sexta-feira, de 7h às 13h.
Em Campina Grande estão à disposição as seguintes vagas:
1 Agente Funerário – Tanatopraxista (Experiência na área, certificado de tanatopraxista, disponibilidade de horário)
1 Ajudante de carga e descarga de mercadorias (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Ajudante de Eletricista (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
5 Ajudantes de Motorista (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Almoxarife (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
15 Armadores de Estrutura de Concreto (ensino fundamental completo + 6 meses de experiências)
6 Armadores de Ferro (ensino fundamental completo + 6 meses de experiências)
3 Atendentes de loja e mercados PCD (ensino médio completo + 6 meses de experiência na função + laudo PCD atualizado)
1 Auxiliar Administrativo (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Auxiliar de Cozinha (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
3 Auxiliares de Laboratorista de Solo (consultar requisitos no sine municipal)
1 Auxiliar de Limpeza (ensino fundamental completo + 6 meses de experiência)
4 Auxiliares de linha de produção (ensino médio completo + sem experiência)
1 Auxiliar de linha de produção (ensino médio completo + 6 meses de experiências)
1 Auxiliar de Manutenção elétrica e hidráulica (ensino médio completo + 6 meses de experiências)
1 Auxiliar de Marceneiro (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Carpinteiro (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Churrasqueiro (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
2 Conferentes de carga e descarga (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
1 Costureira de Reparação de Roupas (ensino fundamental completo + 6 meses de experiência)
1 Costureiro a máquina na confecção em série (experiência de 6 meses + ensino médio completo)
1 Laboratorista – Exclusive Análises Clínicas (consultar requisitos no sine municipal)
1 Mecânico de automóveis (curso técnico completo em Mecânica de Automóveis + 6 meses de experiência)
1 Mecânico de manutenção de Caminhão a Diesel (curso técnico completo em Mecânica de Automóveis + 6 meses de experiência)
1 Mecânico de suspensão (curso técnico completo em Mecânica de Automóveis + 6 meses de experiência)
1 Monitor Interno de Alarmes (ensino médio completo + experiência em telemarketing digitação)
1 Montador Instalador de Acessórios (consultar requisitos específicos junto ao Sine Municipal)
1 Motorista de Caminhão (CNH D + ensino médio completo + 6 meses de experiência na função)
1 Operador de caixa PCD (ensino médio completo + 6 meses de experiência)
6 Operadores de empilhadeira (ensino médio completo + 6 meses de experiência na função)
5 Operadores de Telemarketing Ativo (ensino médio completo + com ou sem experiência)
2 Vendedores porta a porta (ensino médio completo + 6 meses de experiência na função)
1 Vendedor pracista (ensino médio completo + 6 meses de experiência na função).
Codecom
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Milhares de crianças e adolescentes continuam fora das escolas no Rio Grande do Sul desde que fortes chuvas devastaram o estado em maio. Na rede estadual de educação, 27 escolas permanecem fechadas e mais de 8,4 mil estudantes estão sem aulas. E, segundo dados da Secretaria Estadual de Educação, 36 mil estão em sistema de ensino remoto.
Na rede municipal de educação de Porto Alegre, há 7 mil alunos sem aulas e 14 escolas municipais ainda continuam sem condições de uso por causa dos alagamentos. Em Canoas, na região metropolitana, uma das cidades mais atingidas, apenas oito das 44 escolas municipais voltaram a funcionar somente a partir de terça-feira (18). Mais seis retomam as atividades na próxima semana e 30 ainda precisam passar por limpeza ou estão sendo usadas como abrigos.
Entre as que voltaram às aulas nesta semana está a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul, no bairro Mato Grande, que atendia cerca de 700 alunos antes da enchente. A água chegou a 40 centímetros dentro das salas, destruindo parte da biblioteca e do material didático e literário.
Por enquanto, cerca de 60% dos alunos dessa escola voltaram a estudar no local. O diretor da instituição, Fernando Lazzaretti, explicou que muitos estudantes estão alojados em outros municípios e não puderam voltar.
Para o pedagogo, o impacto das enchentes será mais grave que o da pandemia. “Na pandemia, as pessoas tinham minimamente o conforto de suas casas, e muitos da nossa comunidade não têm mais casa, não têm para onde retornar. Então, na pandemia, por mais que tivemos que ficar isolados, o contato foi virtual. Nesse período de 45 dias aproximadamente muitos alunos não têm nem esse contato virtual. Por isso, a gente acha que, em curto e médio prazos, o impacto da enchente vai ser maior que o impacto da pandemia.”
A professora de dança Ana Paula Fagundes, de 34 anos, foi buscar a pequena Maria Luiza, de 7 anos na escola, e a menina estava feliz por poder voltar a estudar. “Saiu da rotina dela, saiu de perto dos colegas. Ela ficou bem ansiosa por isso, coitada, e demorou a entender que todo mundo tinha perdido tudo. Ontem não deu para a gente vir, e ela chorou horrores porque eu não a trouxe, [disse] que não era justo”, contou a mãe.
Sem escolas
Não tiveram a mesma sorte os três filhos da dona de casa Janete da Silva Campos, de 38 anos. As crianças, de 7, 12 e 14 anos, estão matriculadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Assis Brasil, que está fechada e coberta de entulho.
“Mesmo que o colégio abra, hoje não tem como voltar porque eles não receberam material, nem uniforme. Eles até falam que queriam voltar para o colégio. Alguns dos amiguinhos deles já estão ali na [escola] Rio Grande do Sul. Eles ficam em casa o dia todo, perdem tempo com brincadeira, correndo na rua”, contou a mãe. Janete conta que nenhum dos três filhos sabe ler e escrever bem devido também à pandemia.
A Agência Brasil visitou ainda a maior escola de Canoas que atendia cerca de 1,3 mil alunos antes da enchente, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Thiago Würth, no popular bairro de Mathias Velho, um dos mais atingidos pelas chuvas e onde ainda é possível ver montanhas de entulho em quase todas as ruas.
Nesta sexta-feira 921), o Exército brasileiro tentava retirar o entulho e limpar a Escola Thiago Würth para retomar as atividades. O assessor pedagógico José de Jesus D’Avila trabalha há 31 anos no estabelecimento escola e se emocionou ao falar da situação.
“Fora o prejuízo econômico, é um sentimento de tristeza ver as crianças fora da sala de aula. Elas estão sendo prejudicadas pedagogicamente, mas o pessoal tem força. Nós vamos levantar a escola de novo”, afirmou.
Matemática
O bairro da professora e líder comunitária Gisele Vidal, de 35 anos, não foi atingido pelos alagamentos. Mesmo assim, a escola do seu filho, Gabriel, de 8 anos, não está funcionando porque virou abrigo para as pessoas que perderam suas casas.
“Ele pergunta quando volta quase todos os dias. Ele perguntou se a gente ia voltar antes da festa de São João. Ele estava de aniversário em maio, e a festinha ia ser na escola”, lembrou Gisele Vidal.
O pequeno Gabriel disse que sente saudade dos “temas”, que são as atividades da escola. “Estou com saudades da minha professora, dos meus amigos e de estudar os temas. Porque eu sou bom na matemática, e eu gosto de temas de matemática”, afirmou.
Governos
O secretário municipal de Educação de Canoas, Aristeu Ismailow, afirmou à Agência Brasil que espera que todas as escolas retomem as atividades até a metade do mês de julho. “Firmamos uma parceria com o Exército e também temos uma contratação para a limpeza das nossas escolas”, disse.
Ismailow acrescentou que o calendário escolar está sendo reorganizando para dar o máximo de dias letivos possível. O Ministério da Educação (MEC) flexibilizou o mínimo de 200 dias letivos para escolas do Rio Grande do Sul, mas manteve a obrigação de cumprir 800 horas/aulas no ano. “Provavelmente com o uso dos sábados, mas sabemos que teremos que usar atividades complementares para conseguir atingir as 800 horas/aulas das quais não se abre mão”, completou.
Nesta semana, o governo gaúcho iniciou a entrega de novo mobiliário para duas escolas, uma em Canoas e outra em Venâncio Aires, totalizando 352 cadeiras e carteiras e 18 mesas. “Até 26 de junho, mais 15 escolas estaduais de Canoas, São Leopoldo, São Sebastião do Caí e Montenegro receberão os novos mobiliários”, disse, em nota, a secretaria estadual de Educação.
Já o MEC abriu prazo para as escolas e redes municipais solicitarem material didático para substituir o perdido pelas chuvas. Além disso, uma medida provisória (MP) do governo federal abriu crédito extraordinário de R$ 25,8 milhões para alimentação escolar e mais R$ 46,1 milhões para limpeza e pequenas reformas no Rio Grande do Sul, entre outras ações.
Com informações da Agência Brasil
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