
2024 foi o ano mais quente já registrado. A conclusão é do Relatório Global do Clima, divulgado pelo observatório europeu Copernicus. De acordo com o texto, o ano passado foi o primeiro a exceder 1,5°C acima dos níveis pré-industriais para a temperatura média global anual.
O relatório afirma que 2024 foi o ano o mais quente para quase todas as regiões continentais, exceto a Antártida e a Oceania. A conclusão é que a frequência geral e a gravidade de eventos climáticos extremos estão aumentando.
O documento diz que as temperaturas da superfície do mar permaneceram excepcionalmente altas, com o período de julho a dezembro de 2024 sendo o segundo mais quente já registrado para a época do ano, depois de 2023.
O que causou esse calor excepcional em 2024?
O documento cita o El Niño, fenômeno climático que aquece o Oceano Pacífico e ficou em vigor entre 2023 e 2024 como um dos motivos para o forte aumento das temperaturas no período, mas não o único.
Segundo o Copernicus, o El Niño de 2023 e 2024 foi um evento forte, mas não excepcional. Por isso, ele sozinho não teria força suficiente para fazer tanto estrago. O principal responsável por essa mudança ainda é o homem.
“2024 e 2023 parecem ser excepcionalmente quentes devido à aceleração do aquecimento climático induzido pelo homem”, diz o relatório.
Uma série de eventos também tiveram impactos nisso, entre eles:
- A erupção vulcânica Hunga Tonga–Hunga Haʻapai em janeiro de 2022 – aquecimento devido ao aumento do vapor de água estratosférico, mas resfriamento devido aos aerossóis;
- Menores emissões de dióxido de enxofre pelo transporte marítimo – aquecimento devido à redução de aerossóis;
- Quantidades reduzidas de nuvens baixas – aquecimento do sistema climático devido ao aumento da absorção da radiação solar
- Máximo do ciclo solar – aquecimento devido ao aumento da energia solar que chega à Terra;
- Mecanismo de feedback de temperatura/vapor de água – aquecimento devido ao efeito estufa aumentado pelo vapor de água adicional na atmosfera.
O que esperar de 2025?
O documento faz ainda algumas previsões para o ano de 2025. De acordo com as conclusões, a situação deve permanecer crítica.
Esse ano deve ser o terceiro seguido mais quente já registrado. 2024 já cumpriu a expectativa da Atualização Climática Anual para Decadal Global da OMM para 2024-2028, divulgada em junho de 2024, de que pelo menos um ano entre 2024 e 2028 estaria mais de 1,5 °C acima do nível de 1850-1900 e se tornaria o ano mais quente já registrado.
Com informações do Olhar Digital
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Nos cadernos e livros das crianças, a maioria dos heróis brasileiros, dos escritores, das histórias revolucionárias de estrangeiros e de descobertas é de personagens brancos. “Isso é muito ruim para a gente. Nossas crianças e jovens da comunidade são pessoas pretas que precisam reconhecer nossas histórias e heróis”, diz a agricultora Rose Meire Silva, de 46 anos, liderança da comunidade quilombola Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA).
Mesmo analfabeta, Rose passou a se informar sobre a Lei 10.639 que, há exatos 22 anos, tornou obrigatório o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras. Por isso, resolveu peregrinar pelas escolas “vizinhas” à comunidade para cobrar que o currículo seja inclusivo. Atualmente, as crianças andam pelo menos 14 quilômetros para chegar às escolas. “Elas andam tudo isso e, às vezes, ficam decepcionadas com o que ouvem em sala de aula. Tem professores que nem tocam nas temáticas dos negros e muito menos de quilombolas. Falam para ‘deixar quieto’”, lamenta.
Confira aqui o que diz a lei.
Busca de direitos
Pesquisadora em educação e direitos humanos, a professora brasiliense Gina Vieira, que defende o ensino antirracista, reforça que exigir os direitos, como é o caso da liderança quilombola, não tem relação com caridade ou concessão, mas com a busca por direitos. “Os professores devem se pautar pela promoção do que está na Constituição, como a diversidade e celebração da identidade brasileira”. Para ela, se uma escola não está aplicando a lei, precisa ser cobrada.
A professora Luiza Mandela, também pesquisadora e idealizadora de cursos de educação para a diversidade étnico-racial, no Rio de Janeiro, considera que a lei se tornou um respaldo para quem trabalha em sala de aula com esses temas da cultura afro-brasileira. “Isso não deixa de ser um avanço”, afirma.
Motivos para celebrar
A pesquisadora diz que há razões para comemorar os 22 anos da lei, já que possibilitou iniciativas positivas nas estruturas educacionais e o interesse de professores na busca de informações sobre a temática. “Nós tivemos avanços como produções intelectuais negras voltadas para a temática étnico-racial”, diz.
Conforme Gina Vieira, é importante celebrar mais de duas décadas de legislação, resultado de luta histórica do movimento negro que deve ser vista por diferentes perspectivas. Uma delas é ética. “É errado negar aos estudantes a possibilidade de uma formação humana integral e diversa”. Para ela, o currículo, o material didático e a organização do trabalho pedagógico sempre foram orientados no país por uma perspectiva branca que tornou subalternas todas as outras culturas.
Ela entende ainda que, pela primeira vez, de maneira contundente na escola, há uma celebração da estética negra, incluindo a de corpos negros e representações sobre o cabelo crespo. “Então, eu acredito que há muito a comemorar”.
Aperfeiçoamento
No entanto, as pesquisadoras defendem que a legislação e a aplicação precisam ser aperfeiçoadas. “A legislação também pode ser aperfeiçoada com relação à fiscalização do cumprimento dessa lei”, afirma Luiza Mandela. Gina Vieira acrescenta que a aplicação de uma lei envolve mudanças estruturais e políticas públicas, incluindo as mudanças do currículo, do material didático e da forma como os professores são formados nos programas de pós-graduação.
As professoras veem, por um lado, que faltam disciplinas obrigatórias para os cursos de licenciatura se aprofundarem nesses temas. Por outro, pode ainda haver resistência de profissionais do ensino público e privado. “Para melhorar a formação docente, é necessário realmente ter uma lei que determine a obrigatoriedade dessas temáticas em todos os cursos”, diz Luiz Mandela.
Repertório
O tema, aliás, tem sido cobrado a quem ingressa no ensino superior nos vestibulares, inclusive na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio - "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. “Isso levou todo mundo a falar sobre o assunto. A gente até se pergunta como é que escreveram os estudantes das escolas que não estão aplicando a lei. Eles tiveram repertório para fazer a redação?”, questionou Gina Vieira.
Ela entende que iniciativas como essa do Enem são pertinentes e relevantes. Mas, por outro prisma, segundo Gina, não deve ser debatido apenas para que os alunos sejam capazes de fazer uma redação ou responder a uma questão, mas para que, de fato, seja promovido outro olhar sobre o mundo.
Oo professor de sociologia pernambucano Claudio Valente, que coordena projeto educacional na comunidade do Ibura, considera que a escola tem papel fundamental na socialização do indivíduo. “Não tem como falar de Brasil e não tocar nos temas de cultura afro-brasileira. Por isso, essa lei é muito importante. Mas é preciso que haja fiscalização sobre a aplicação nos currículos”.
Pesquisa divulgada em 2023 pelo Instituto Alana e Geledés Instituto da Mulher Negra identificou que sete em cada dez secretarias municipais de Educação não realizavam nenhuma ação ou desenvolviam poucas ações para implementação do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas.
Política nacional
Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Educação defendeu que houve, nesses 22 anos da Lei 10.639, avanços significativos. Citou, entre eles, o lançamento, em maio do ano passado, da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). “Outro marco importante foi a instituição do feriado nacional de 20 de novembro, em homenagem à Consciência Negra e a Zumbi dos Palmares”.
A assessoria de comunicação do ministério lembrou que, do ponto de vista pedagógico, proporcionou a possibilidade de reorientar materiais didáticos, literários e instrucionais para uma perspectiva de superação da discriminação racial e valorização das aprendizagens.
Outra consideração feita pelo governo é que, pela primeira vez em 21 anos, o MEC realizou pesquisa que apresenta dados sobre a implementação da educação para as relações étnico-raciais e da educação escolar quilombola. “Esse monitoramento contou com a participação de todas as secretarias estaduais de Educação e obteve 97,8% de adesão, com o questionário aplicado entre março e julho de 2024”.
A iniciativa faz parte da política nacional e pretende, a partir dos resultados, implementar ações e programas voltados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo nos ambientes de ensino. “Além disso, a política visa a formar profissionais para a gestão e a docência em educação para as relações étnico-raciais e educação escolar quilombola, consolidando um compromisso com a equidade e a diversidade no âmbito educacional”.
Com informações da Agência Brasil
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"Hoje é dia de dizermos em alto e bom som: ainda estamos aqui. Estamos aqui para dizer que estamos vivos e que a democracia está viva, ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023". Com essas palavras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu discurso em ato no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (8), para marcar os dois anos da tentativa frustrada de golpe de Estado em 2023.
A frase inicial faz uma referência ao filme "Ainda estou aqui", dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres - ganhadora do Globo de Ouro - sobre a trajetória de Eunice Paiva durante a ditadura militar, após ter o marido, Rubens Paiva, preso e assassinado pelo regime. A cerimônia no Planalto contou com a presença de ministros, parlamentares, governadores e representantes dos Três Poderes, além dos comandantes das Forças Armadas, a quem o presidente fez questão de agradecer pela participação.
"Estamos aqui para lembrar que, se estamos aqui, é porque a democracia venceu. Caso contrário, muitos de nós talvez estivéssemos presos, exilados ou mortos, como aconteceu no passado. E não permitiremos que aconteça outra vez", prosseguiu Lula.
Em uma cerimônia anterior, o presidente recebeu de volta 21 obras de arte e peças do acervo cultural do Palácio do Planalto, que haviam sido vandalizadas pelos invasores no dia 8 de janeiro de 2023, entre elas, um relógio suíço do século 18 que pertenceu a Dom João VI e a icônica pintura As Mulatas, de Di Cavalcanti.
Após a cerimônia no Salão Nobre do Planalto, Lula e as autoridades desceram a rampa do palácio para um ato na Praça dos Três Poderes, batizado de Abraço da Democracia, com a presença de populares e movimentos sociais.
Obra em construção
Ainda em seu discurso em defesa da democracia, Lula falou que esse regime é uma obra em construção, e precisa ser uma realidade para todas as pessoas, além do discurso.
"Democracia para poucos não é democracia plena. Por isso, a democracia será sempre uma obra em construção. A democracia será plena quando todas e todos os brasileiros, sem exceção, tiverem acesso à alimentação de qualidade, saúde, educação, segurança, cultura e lazer", observou.
Lula seguiu destacando a necessidade de construir um país mais justo, especialmente para as minorias sociais oprimidas do país.
"A democracia será plena quando todos e todas sejam, de fato, iguais perante à lei, e a pele negra não seja mais alvo da truculência dos agentes do Estado. Quando os povos indígenas tiverem direito às suas terras, suas culturas e suas crenças. Quando as mulheres conquistarem igualdade de direitos, e o direito de estar onde quiser estar, sem serem julgadas, agredidas ou assassinadas", afirmou.
Investigação e punição
Sobre a tentativa de golpe de Estado e as investigações que apontam uma trama para assassiná-lo, assassinar o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o presidente Lula voltou a cobrar punição e pregar direito de defesa.
"Os responsáveis pelo 8 de janeiro estão sendo investigados e punidos. Ninguém foi ou será preso injustamente. Todos pagarão pelos crimes que cometeram, inclusive os que planejaram os assassinatos do presidente, do vice-presidente da República e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral".
Com informações da Agência Brasil
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A empresa paraibana Pixbet, patrocinadora máster do Flamengo, passou a integrar a lista de casas de apostas com autorização provisória para atuar em todo o território nacional. A decisão foi oficializada em uma portaria publicada nesta terça-feira (7) no Diário Oficial da União.
O documento, assinado pelo secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Anderson Dudena, inclui a Pixbet entre as empresas que atenderam aos requisitos estabelecidos pelo governo para operar no país. A lista inicial foi divulgada em 31 de dezembro do ano passado e tem sido atualizada com novos nomes.
Até então, a Pixbet possuía apenas autorização estadual emitida pela Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), o que restringia sua atuação àquele estado. Na segunda-feira (6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça rejeitou um recurso da Loterj, mantendo a proibição para que casas de apostas vinculadas exclusivamente à loteria fluminense operassem em nível nacional.
Com informações do Portal Correio
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Animação e muito forró não faltaram na noite deste sábado (4), no encerramento da festa de 61 anos de emancipação política do município de Lagoa Seca. Após uma agenda de entrega de obras concluídas e visitas a outras que estão em andamento, o fim de semana reuniu um grande público que aproveitou até o último momento do evento.
Os shows começaram pelo grupo Forró Bom D+, da cidade vizinha Montadas. Em seguida os cantores Zé Cantor e Walkyria Santos foram as principais atrações, embalando sucessos e colocando casados e solteiros para dançar. Em mais de cinco horas ininterruptas de transmissão ao vivo, os internautas, de diversas partes do nordeste e fora dele, acompanharam a festa com qualidade de imagem e som.
Ao lado do vice-prefeito Paulinho Patriota, do deputado estadual Fábio Ramalho e auxiliares do governo e vereadores, a prefeita Michelle Ribeiro subiu ao palco para dar boas-vindas ao público, destacou o momento como especial para o lagoassequense e afirmou que vai trabalhar por todo município.
SECOM
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Elaborada pela Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura (Secult), a programação cultural do Natal Iluminado contou com mais de 1.500 artistas se apresentando ao longo do evento, transformando os polos do Açude Velho e do Parque Evaldo Cruz em verdadeiros palcos de talentos, reunindo as mais diversas linguagens artísticas, como corais, grupos de dança, e teatralização, que trouxeram vida e emoção aos espetáculos.
Cuidadosamente planejada para envolver todos os públicos, com apresentações que celebraram a magia do Natal e as tradições locais, os dois polos receberam artistas campinenses e da região, como Teto Fonseca, Ananias do Acordeon, Erika Marques, Junina Mistura Gostosa, Coral do Sesc, Papai Noel e sua Trupe, entre outros, em apresentações variadas, que levaram alegria e entusiasmo ao público.
“Tudo perfeito. O ambiente é familiar para trazer toda a família e encontrar os amigos. Essa reforma do Evaldo Cruz foi crucial, porque agora podemos trazer os nossos filhos e usufruir de tudo isso aqui”, disse Liliane Leão, que aproveitou a programação do Parque Evaldo Cruz.
Para a Secult, a importância do Natal Iluminado para a cultura de Campina Grande é inegável, pois não apenas promove a arte e a criatividade, mas também fortalece a identidade cultural da cidade, incentivando a participação da comunidade e valorizando os talentos locais.
“É muito gratificante, especial e uma oportunidade muito nobre que a Prefeitura promoveu, junto com a Secretaria de Cultura, em nos dar a chance de levar a verdadeira mensagem do Natal, que é o Senhor Jesus, para as pessoas”, destacou o pastor Kleber Monteiro, que se apresentou no Natal Iluminado.
Além disso, o evento atraiu turistas, impulsionando a economia e promovendo o comércio, o que é fundamental para o desenvolvimento sustentável da região.
“Nós somos de Recife e sempre visitamos Campina Grande no São João, pois temos familiares aqui. E agora viemos no Natal e achamos tudo muito lindo, os enfeites, a programação e as apresentações, a gastronomia”, comentaram Paula e Werniaud.
Neste último final de semana de apresentações culturais, os polos Açude Velho e Parque Evaldo Cruz receberam noites temáticas, dando o “start” para os novos ciclos de eventos da cidade, o Carnaval da Paz e o Campina Folia.
O Evaldo Cruz foi palco de muitas bênçãos e celebrações, regadas as mais belas canções gospel e católicas. O público, completamente envolvido, pode se emocionar e agradecer em clima de harmonia e de paz.
“O Natal Iluminado superou as expectativas. Começar as minhas missões aqui em Campina Grande é um presente. A palavra é de gratidão a Deus. Campina Grande é terra de vocação. É um celeiro de artistas, que podem sempre fazer o melhor”, comemorou o cantor católico Teto Fonseca, que foi uma das atrações do evento.
E no Açude Velho, o “gostinho” do Campina Folia tomou conta do espaço, envolvendo o público no clima momesco, com diversas apresentações, com destaque para a escola de samba Bambas do Ritmo.
E para finalizar a programação cultural, uma grande roda de samba animou o largo do Açude Velho com o melhor da nossa música popular brasileira, interpretada por artistas consagrados, como o grupo Samba Show, Augusto Arruda, Edra Veras, Thaís Soares, Stella Alves, entre outros nomes de destaque da classe artística campinense.
O sucesso da programação cultural do Natal Iluminado reflete o compromisso da Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), com a cultura e a arte, mostrando que, por meio da celebração e do fomento às diversas linguagens artísticas, é possível criar experiências memoráveis que encantam e inspiram a todos.
Codecom
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