Guerra Israel-Hamas e o desafio das redes sociais
O Hamas é considerado um grupo terrorista por diversos países, especialmente do Ocidente. Por isso, o movimento extremista islâmico foi banido do X (antigo Twitter), Facebook, Instagram, Telegram e TikTok, por exemplo. Mesmo assim, postagens difundindo os ideais do Hamas estão alcançando um número cada vez maior de pessoas desde o início da mais recente guerra com Israel. Enquanto isso, há diversos relatos de que manifestações pró-Palestina têm sido retiradas do ar.
Segundo análise do The New York Times, diversas contas favoráveis ao Hamas ganharam centenas de milhares de seguidores nas redes sociais desde o dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista atacou o sul de Israel, deixando milhares de mortos.
Uma conta no Telegram, por exemplo, alcançou mais de 1,3 milhão de seguidores nesta semana. Antes do ataque, eram cerca de 340 mil.
“Vimos conteúdo do Hamas no Telegram, como imagens de terroristas atirando contra soldados israelenses. Vimos imagens não apenas no Telegram, mas em outras plataformas de soldados ensanguentados e mortos”. Afirma Jonathan A. Greenblatt, presidente-executivo da Liga Antidifamação
A maioria das plataformas baniu contas ligadas ao Hamas ou postagens abertamente simpáticas à causa terrorista, alegando que elas violam as políticas de conteúdo contra o extremismo. Assim, o Telegram emergiu como principal rede social para disseminação de conteúdos do tipo.
O X, antigo Twitter, também foi inundado por publicações de conteúdo extremista. Pesquisadores do Instituto para o Diálogo Estratégico, um grupo de incidência política, descobriram que, em um período de 24 horas, uma série de postagens que apoiavam atividades terroristas recebeu mais de 16 milhões de visualizações.
A União Europeia afirmou que examinará se a empresa de Elon Musk violou a legislação a não barrar esse tipo de conteúdo.
Com informações do Olhar Digital