Opinião
Poze do Rodo: quando um microfone é a arma mais letal para o sistema
Fod@-se se você “acha” o cara bandido, mas na minha opinião é um artista. Aquele que leva a mensagem da Favela como protagonista para o Brasil e o mundo.
Quando os invisíveis começam a chamar atenção, o sistema tenta de uma forma ou de outra calá-los, entretanto, a voz do excluído ecoa por todo o país.
Preto, pobre e favelado sempre teve um tratamento diferente pelo sistema de segurança pública, é só analisar os dois casos que chamaram a atenção das páginas policiais desta quinta-feira, 29 de maio de 2025.
Um morador de favela pode achar que a prisão do MC Poze do Rodo é injusta, porque ele veio de baixo, venceu na vida e fala pela favela. Para muita gente, ele é um exemplo de superação e representa a voz do povo.
Muitos acham que a polícia devia focar em problemas maiores, como políticos corruptos. A prisão do MC parece mais uma prova de que o sistema persegue quem é pobre e vem da periferia.
A liberdade de expressão, garantida pelo artigo quinto da Constituição, permite que todos possam falar, escrever e dar opiniões livremente, sem censura. Mas esse direito tem limites e não pode ser usado para ofender, espalhar ódio ou prejudicar a imagem e a vida de outras pessoas.
A defesa de MC Poze nega as acusações, argumentando que as letras de suas músicas refletem a realidade das comunidades e que a prisão representa uma criminalização da arte periférica. O advogado do cantor afirmou que irá entrar com pedido de liberdade.
Em resumo, a prisão de MC Poze do Rodo mostra como as autoridades e a mídia podem acabar calando quem vem da favela. Em vez de ouvir sua música como verdade sobre a vida na periferia, eles tratam suas letras como problema e o punem. Isso ajuda a manter o poder de sempre, fazendo com que quem desafia o que é “aceitável” seja silenciado.
Foto: reprodução Internet
